quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Saudade



Abriu os olhos, corpo dolorido, mãos machucadas, limpou os olhos e viu que estava em meio a uma imensidão, a frente o vento levantando um banco de areia, dos lados, nada e atrás não era diferente, achando estranho limpou os olhos mais uma vez, confirmando que não estava doida nem com algum problema.


Sentia fome, sede e não avia nada para lhe saciar em meio a tanta areia, estava calor, o sol não tinha piedade, sentia as gotas descendo sobre suas pernas, não lembrava de nada, de repente avistou uma cobra, grande e suculenta, como a fome era grande não aguentou, deu o bote e comeu, a fome passou mais a sede não parava e cada vez mais perdia liquido em meio a tanto calor em excesso, então resolveu procurar algo para beber, começou a cavar, cavar, cavar... e a única coisa que achou foi um buraco negro e seco...


Levantou- se e começou a andar, olhava para o céu e nenhum pássaro, olhava para o lado e via apenas areia, areia sem fim, andou, andou, até que se cansou e se sentou ao meio do nada.


Avistou uma rosa em sua frente, desesperada correu até ela, ajoelhou e sentiu as gotas descendo dos seus olhos, pois lembrara daquela rosa, foi a mesma que recebeu em seu aniversário de 15 anos, lembrou de seus pais, de seu namoradinho da escola... Mais ainda não sabia como avia parado naquele lugar, até que em meio a rosa um bilhete:


" Nós te amamos querida, talvez forá sedo sua partida, mais foi melhor para sua alma, descanse em paz".♥


Não entendendo o bilhete, começou a se desesperar, chorar, gritar, mais ja era hora de aceitar, que algum desastre aconteceu. Na volta de sua festa de aniversário, seu pai bateu o carro e como era a única sem o sinto de segurança... com as lágrimas ainda caindo, e com a rosa encostada ao rosto pensou:


" Sinto falta de mim

Sinto falta de nós

Sinto falta do que nunca existiu"


E se levantando mais uma vez, começou a andar e desapareceu no infinito de areia...





by: Beatriz

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Perseguição



O mundo para mais uma vez, sente-se o pulso e ele parece esta cada vez mais fraco, menos nítido, pele gelada e horrorizada, gritos que parecem expressar a grande dor que existe no local, o desespero que persegue, os pensamentos que não se acabam, o ódio que lhe consome, um único olhar que não quer dizer nada, um toque que quer pedir desculpas e dizer que sente muito, mais será que é o bastante, para se levantar e seguir em frente sem magoas? é realmente difícil, a vida é difícil, um caminho sem direção...

Mais uma vez faz sonhos que não iram se realizar, mais uma vez se ilude por uma coisa pensando que realmente irá lhe ajudar, mais não vai, vai ser como sempre, esconder a dor debaixo de um grande sorriso, de um olhar frenético, tudo uma grande farsa. Tudo o que sente é solidão, o que mais quer é se ver longe das pessoas que lhe fizeram tão mal, pois não aguenta mais chorar, se humilhar, para fingir que esta tudo bem, para tentar recomeçar uma nova vida...

Quando já não da mais para esconder e a dor realmente toma espaço, e o sorriso tão bonito e falso desaparece, vozes que querem ajudar dizem que é um fato normal, que pode acontecer, que com eles fora pior, mais nada ocupa o espaço de ser pisado dês de sempre... Acordar e saber que se verá diante de vozes que gritam e dizem mal ao seu respeito, e ali se vê sem poder dizer nem fazer nada, por alguns instantes a alegria aparece, mais der repente, a dor chega por alguma voz zombadora, maligna, que mais uma vez o rebaixa a um único ser insignificante, correr não adianta pois a cada esquina á uma sombra do passado a sua espera, se encolher em algum canto é a solução, se aquietar, esperando que a tristeza vá embora e lhe deixe em paz, se despieda dele e não volte nunca mais...